SEGUNDO REINADO: GRANDE IMIGRAÇÃO EUROPEIA | Resumo de História para o Enem

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A aula de hoje é sobre a grande migração europeia para o Brasil no contexto do Segundo Reinado. Vem que o professor Felipe explica tudo em menos de 10 minutos! \o/

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00:00 - A aula de hoje é sobre a grande migração europeia no contexto do Segundo Reinado! Dividimos essa aula em três partes. Primeiro, vamos ver as causas que levam a vinda de imigrantes (italianos e alemães) para o Brasil a partir de 1850. Vamos ver também os tipos de migração (dois principais modelos). E, por último, a questão agrária nesse contexto que a migração ocorre! \o/

00:25 - Quais seriam as causas para a vinda de uma grande quantidade de imigrantes italianos e alemães para o Brasil nesse contexto da segunda metade do século XIX (contexto do Segundo Reinado)? Lá na Europa, nós temos uma situação de instabilidade política, social e econômica, provocadas principalmente pelas guerras de unificação tanto na Itália quanto na Alemanha. Víviamos também o contexto da Revolução Industrial, onde o aumento da produção por fábricas vai exigir uma oferta maior de matéria prima. E quem produz essa matéria prima é principalmente o campo, onde a produção em larga escala se torna dominante. Os pequenos camponeses não conseguem se inserir nesse mercado e vão à falência, provocando um intenso exôdo rural. Nas cidades, claro, vamos ter uma grande oferta de mão de obra operária nas fábricas, tanto no mercado italiano quanto alemão. Só que é um excedente populacional considerável, e os próprios governos locais tem interesse de evadir esse excedente. Para onde? Justamente para locais que tinham necessidade de mão de obra, como o Brasil.

1:42 - O Brasil vivia por volta de 1850 um momento no qual o café se expandia do Vale do Paraíba do Sul para o oeste paulista. Encontrava novos espaços e precisava nesse momento de mais mão de obra. Mas curiosamente, no ano de 1850, é aprovada uma lei que potencialmente reduz a oferta de mão de obra no Brasil. É a lei Eusébio de Queiroz, que vai proibir o tráfico no Atlântico de escravos. E se o Brasil, de alguma forma potencialmente diminui a oferta de mão de obra escrava, é preciso aumentar a oferta de mão de obra livre. E vai fazer isso com a vinda de imigrantes italianos e alemães.

2:25 - Havia também a ideologia de que o Brasil era um país atrasado economicamente por conta da sua formação étnico social. Ou seja, acreditavam que a miscigenação de elementos lusitanos, indígenas e africanos acabava sendo prejudifical ao desenvolvimento econômico do Brasil. E a melhor maneira de alcançar o progresso seria como? "Branqueando" a população. Então aqui nós temos um discurso de eugenia, de purificação da raça para alcançar um progresso econômico e social que era visto como algo dependente da composição ética.

3:07 - Temos também nesse mesmo contexto alguns conflitos territoriais justamente envolvendo o Brasil com outros países da região da Bacia do Prata (Paraguai, Uruguai e Argentina). As áreas de fronteira precisavam ser povoadas. Então a migração também vem para ocupar esses vazios territoriais, sendo uma estratégia de melhorar as condições de segurança do próprio território nacional.

3:29 - Vamos falar agora sobre os tipos de imigração. Temos no Brasil dois modelos. Inicialmente temos o modelo de parceria, que vai ser adotado a partir de 1847. Nesse sistema, os imigrantes chegariam aqui com dívidas a pagar ao seu patrão (a própria viagem e tudo o que viessem a consumir aqui). O que se acordava era que o imigrante receberia uma parte dos lucros obtidos, por isso o sistema de "parceria", só que essa parte que ele teria a receber acabava sendo inferior as dívidas que eles haviam acumulado. Essas dívidas só iam aumentando, o que acabava sendo na prática um tipo de escravidão. Muitos desses imigrantes foram, inclusive, alojados em antigas senzalas. Isso acabou levando a rompimentos das relações diplomáticas entre os governos e ao fim desse sistema de imigração. Aí o governo brasileiro entendeu que precisava ter mais controle, tendo aí o surgimento de um novo sistema, o subvencionado.

6:14 - Esse sistema era patrocinado pelo Estado, chegando aqui sem dívidas com seus patrões. O contrato que estabeleciam com o patrão era controlado pelo Estado. Claro que na prática esse controle do Estado não era bem executado, até porque não existiam leis trabalhistas nesta época.

9:44 - Finalização da aula. Não esquece de tacar o dedão no like e se inscrever no canal :D

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