Portugueses em França (1960-1970) Dia-Dia | Bidonvilles à Paris, France | Émigration Portugaise
Автор: Sangue Transmontano
Загружено: 2025-10-21
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🩸⛰️ Alguém teve pais ou avós emigrados em França nos anos 60 e 70?
Alguns de nós nasceram inclusivamente em França! 🇫🇷
Partilhem nos comentários as vossas histórias e lembranças — gostaríamos muito de ler os vossos testemunhos e memórias dessa época. ❤️
O vídeo que acompanha este texto mostra o dia a dia difícil dos nossos pais e avós portugueses, muitos deles transmontanos, que viveram nos bidonvilles de França nos anos 60 e 70. Fugiam da miséria e da guerra colonial, muitas vezes sem documentos, atravessando fronteiras clandestinamente em busca de uma vida melhor. Trabalhavam duro, rezavam em silêncio e eram olhados com desconfiança, julgados pela língua, pela roupa e pela fé. Hoje, quando vemos imigrantes a chegar a Portugal à procura do mesmo sonho, é importante lembrar o que os nossos viveram. A integração começa com respeito, e o respeito começa por não ter memória curta.
🩸⛰️ O que era dito na França a propósito dos emigrantes portugueses:
"São esquisitos, baixos e com bigodes e barbas. Chegam, na esmagadora maioria, homens. Elas, quando vêm, cobrem os cabelos com panos e não usam saia acima do joelho. Muitas são proibidas pelos maridos de cortarem o cabelo. Por vezes, eles ameaçam-nas com uma chapada ou um murro; elas, subservientes, baixam a cabeça e colam as mãos ao ventre. Trazem com eles uma paixão fervorosa pela religião. Usam colares com o símbolo das suas crenças e são capazes de dar mais do que têm para que o seu local de culto, na sua terra natal, tenha um relógio ou um telhado novo. Rezam, pelo menos, de manhã e à noite. Se puder ser, ao final da tarde, cumprem mais um ritual. Chegam sem falar uma palavra da nossa língua. Parece que fogem de uma guerra qualquer lá no país deles, da fome e da miséria. (...) Atravessam países inteiros a pé ou à boleia para chegarem aqui. Pagam milhares para saírem do seu país e vêm ficar na miséria. Alguns têm muitos filhos, muito mais do que aquilo a que estamos habituados. Deixam-nos sozinhos ou com os irmãos mais velhos, que não vão à escola. Mas são muito trabalhadores. (...) São diferentes de nós e isso causa-nos má impressão. Não são muito limpos, cospem para o chão e as suas maneiras em público deixam muito a desejar. Vivem em bairros de lata que mais parecem campos de refugiados. Não sei como conseguem."
📖 in “Diário de um Parisiense” — Ricardo M. Santos (2015)
📽️ Vídeo: Immigration portugaise — Bidonville de Nanterre
🎥 Produção: Office national de radiodiffusion télévision française (ORTF)
🎬 Realização: Isidro Romero
🗞️ Jornalismo: José Dias
📚 Arquivo: INA.fr — L’INA éclaire l’actu
❤️ Em memória de todos os que partiram e trabalharam com dignidade, mesmo quando o mundo os via com desprezo.
👉 Segue e vê mais em:
📺 / @sanguetransmontano
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