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“O choque elétrico é inenarrável; não é para matar, é para estraçalhar”, lembra Flávio Tavares

Автор: TUTAMÉIA TV

Загружено: 2024-03-31

Просмотров: 16782

Описание: O jornalista Flávio Tavares foi preso três vezes durante a ditadura militar brasileira.
“A primeira vez fui preso logo depois do golpe, em 6 de maio. Fiquei três dias preso, fui bem tratado e houve um pedido de desculpas pela Voz do Brasil, pelo ‘lamentável equívoco’. Depois fui preso pela ‘guerrilha de Uberlândia’, que nunca existiu. Tinha estado em Uberlândia para falar com um grupo que queria fazer luta armada. Depois, fui preso em 69, no Rio. Ao contrário das outras vezes, fui maltratado, sofri choques elétricos brutais. O choque elétrico é inenarrável. Até nos olhos, nos testículos. O choque elétrico não é para matar, é para estraçalhar a vítima”, afirma ao TUTAMÉIA.
Aos 90 anos, ele diz que suas prisões refletem o endurecimento do regime, o avanço da ditadura militar. “De um modo geral, os golpes militares são duros no início e depois se abrandam. No Brasil, foi ao contrário”.
Na última prisão no Brasil, Tavares lembra o que os seus torturadores lhe diziam: “Agora não há Supremo Tribunal Federal para lhe dar um habeas corpus, como tinha sido na vez anterior. Agora você vai ficar 30 anos preso”. Ele ficou 30 dias preso: “No trigésimo dia sequestram o embaixador norte-americano, e eu sou um dos 15 presos políticos trocados pelo embaixador”.
Então comentarista político da Última Hora, fundada por Samuel Wainer, Tavares acompanhou em Brasília a ignóbil sessão do Congresso que declarou vaga a presidência da República enquanto João Goulart ainda estava no Brasil, na madrugada do dia 2 de abril. “Acompanhei os momentos trágicos, vendo aquela espoliação do sonho que todos nós tivemos com a redemocratização em 1945”, declara nesta entrevista gravada em 6 de março de 2024.
Autor, entre outros, de “1964: o golpe”, “Memórias do esquecimento” e “O dia em que Getúlio matou Allende”, Tavares foi líder estudantil no Rio Grande do Sul e esteve, com Leonel Brizola, na Campanha da Legalidade, que bloqueou o golpe contra a posse de Jango, em 1961.
Nos dias que se seguiram ao golpe, ele não percebeu que a ditadura seria tão longa e tão brutal, conta ao TUTAMÉIA. Foi aos poucos que entendeu a profundidade das mudanças. Quando soube do AI-1, ele se recorda: “O nome ‘ato institucional’ não existia no vocabulário político do Brasil, nem sequer no vocabulário da língua portuguesa”.
Ele segue:
“Fui repreendido a primeira vez por dois coronéis que, em Brasília, representavam o ministro da Guerra, quando escrevi na minha coluna na Última Hora ‘o golpe de primeiro de abril’. Eles me disseram que não era assim, que era ‘revolução de 31 de março’”.
“Percebi que nós só podíamos combater as armas pelas armas. Quando decidi pela resistência armada à ditadura, era ainda colunista da Última Hora em Brasília. Participei ativamente da implantação de focos guerrilheiros no norte do país. A revolução cubana estava muito presente”.
“Hoje acho que nos equivocamos na época. Achávamos que haveria uma adesão popular, ficamos isolados. Fomos avançados demais. Não estavam dadas as condições para a luta de resistência armada. Foi uma tentativa. Todas as tentativas são positivas. Não me arrependo de ter participado da luta armada, mas hoje a tática seria outra”.
Tavares participou, com Brizola, do MNR (Movimento Nacionalista Revolucionário). Ele explica: “Queríamos uma revolução nacional, enfrentar as causas principais da nossa dominação pelo imperialismo norte-americano, pelo imperialismo capitalista, das grandes empresas norte americanas que se implantavam no país e que cada vez mais amordaçavam a capacidade da própria indústria brasileira”.
O depoimento integra uma série de entrevistas sobre o golpe militar de 1964, que está completando sessenta anos. Com o mote “O que eu vi no dia do golpe”, TUTAMÉIA publica neste mês de março mais de duas dezenas de vídeos com personagens que vivenciaram aquele momento, como Almino Affonso, João Vicente Goulart, Anita Prestes, Frei Betto, Roberto Requião, Djalma Bom, Luiz Felipe de Alencastro, Ladislau Dowbor, José Genoíno, Roberto Amaral, Guilherme Estrella, Sérgio Ferro e Rose Nogueira.
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