Cachão, a aldeia esquecida - Portugal
Автор: Lugares Encantados em Portugal
Загружено: 2025-08-21
Просмотров: 2106
Описание:
A aldeia do Cachão Pertence á freguesia de Possacos, concelho de Valpaços, distrito de Vila Real.
A aldeia do Cachão, ainda que nos continue a impressionar, já não é o que era. Só a podemos observar a partir dos seus referentes materiais, do "negativo" da vida que nos foi deixada através das ruínas. Ao percorrer as suas ruas impera um silêncio que nos transporta, através de uma tranquilidade cortante, aos tempos em que o bulício da vida em comunidade produzia sons das labutas diárias, sons de animais e o barulho dos movimentos, das vozes e dos risos das pessoas. As ruas estreitas, as casas, os terreiros, as fontes, os lagares de vinho e azeite, o forno ou a capela remetem-nos para o trabalho e para a festa, para a exuberância e para o recolhimento...em cada pedra que se desmorona, vai-se extinguindo a memória dos que cá estiveram...dissipam-se os seus sinais que aos poucos se vão esvaindo lentamente através da erosão dos anos que vão passando, a natureza vai reivindicando novamente o seu lugar.
O TRIÂNGULO DA ÁGUA
A vida da aldeia do Cachão foi sempre marcada e pautada pelo rio. As "travessuras" do rio Rabaçal foram sendo assimiladas pelas gentes do Cachão como oportunidades para desenvolvimento de processos simples tendentes a facilitar a sua vida. Perante uma corrente razoavelmente arrebatada e com um leito pouco profundo, construíram o indispensável açude/presa que domesticou o caudal e aprisionou a corrente. Esta ação permitiu a implementação da travessia para as terras de Vale de Telhas e Vale de Salgueiro, através de uma barca de passagem. A passagem de
pessoas e bens, sobretudo os cereais deu outra vida à aldeia e alimentou os moinhos de rodízio localizados junto ao rio. As águas foram vitais, desde sempre, para a próspera agricultura que era o modo de vida da aldeia.
OS TRABALHOS E OS DIAS NO CACHÃO
O Cachão sempre teve na agricultura e pequenas indústrias complementares que eram o suporte para alimentar os seus habitantes. Cultivavam sobretudo centeio, com pequenas produções de outros cereais que moíam nos moinhos junto ao Rabaçal num complexo moageiro que incluía, também, um depósito/armazém para farinhas e grãos.
Além das frutas e legumes que produziam em abundância, surgiam como produções com significado o vinho e o azeite. No "oculto" das ruínas lá estão os lagares de azeite e do vinho, que disso nos dão notícia. Os referentes materiais testemunham igualmente a importância do pão e indicam-nos atividades do seu ciclo completo desde a produção à debulha na laje/eira na parte superior da aldeia, moagem e panificação atestada
pelas ruínas do forno comunitário.
ALDEIA DO CACHÃO: HOJE
Hoje, à exceção da capela, as construções estão abandonadas e em diferentes fases de ruína. A capela está recuperada e apresenta bom estado geral. Algumas, poucas, construções ainda apresentam telhado (ou parte dele) intacto. Outras, apresentam o telhado, ou águas dos telhados, em ruína ou bastante degradado.
A aldeia dispunha de dois lagares de azeite e uma adega, com todos os instrumentos e apetrechos necessários à sua laboração. Ainda se podem ver parte dessas construções e elementos característicos da sua atividade.
Muito próximo, da aldeia, ainda se pode ver a laje que servia como eira para as debulhas e duas fontes de mergulho onde os residentes recolhiam
água para consumo doméstico e animais.
Junto do caminho onde segue a Ecovia ainda se pode ver a argola de ferro, presa numa pedra, que servia para fazer a dobragem de barras para o fabrico de peças ou utensílios em ferro.
Повторяем попытку...
Доступные форматы для скачивания:
Скачать видео
-
Информация по загрузке: